sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A algorithmic in the face of consultant man

A algorithmic in the face of consultant man

Dia destes, minha agenda foi sarcástica. Dá só uma espiadinha :

· Logo pela manhã, beirando 11:00, entrei numa livraria da Maria Antonia – Nobel - e solicitei ao vendedor este livro : “O Jeito Mckinsey de Ser” ( tempos atrás, este livreto era uma bíblia que todo consultor andava com um exemplar debaixo do braço ) . O rapaz, meio atencioso, caminha ao terminal e começa a digitar : “O Geito ...” Para, moço, Jeito é com “JOTA” e não com “GE”. Ele corrige e inicia a busca. O livro está esgotado.
· Saco meu Blackberry e faço uma busca rápida no “Estante Virtual” pra ver se acho algum usado. Encontro a informação que um Sebo na Dr. Villa Nova teria o exemplar por 19 reais e em bom estado. Chegando no Sebo, dou de cara com uma vendedora cadastrando livros semi-novos e, com pouca paciência, faz uma busca. Isto porque eu tinha ligado antes e solicitei pra reservar. Digo que fui eu o rapaz que havia ligado e ela consulta outra pessoa pra saber da reserva. Vem a informação que o livro foi vendido. Mas porque ainda constava a informação no Estante Virtual ? Alegaram que o site leva 1 dia para atualizar.
· Fui até a FNAC pra tentar uma busca do livro. Exatamente, porque a FNAC costuma ter livros em estoque e que em outras livrarias constam como “esgotados”. Olhando na estante de livros de Administração, não agüentei olhar para tantos títulos com palavras como “GUERRA” e “COMPETIÇÃO”. Parece que tudo no meio corporativo resume-se em : Guerra e Competição. É muita falta de criatividade para os títulos dos livros de Administração e negócios. Quanto ao Mckinsey, eu desisti. Mas encontrei outras pérolas que comento em outra oportunidade.
· Ainda na FNAC, recebo um recado de uma headhunter. Retorno a ligação e cai na caixa postal. Tento novamente 20 minutos depois. Reagendamos o bate-papo para 18:45 da noite. Veja a precisão do tempo : exatos 18:45.
· Resolvo voltar pra casa e trabalhar um pouco. Coisa habitual nos dias de hoje é a prática do home-office. E fiz meu tour atrás do livro em exatos 120 minutos.
· Novamente, meu celular recebe outro recado. Era meu professor nativo que atrasaria 1 hora pra chegar em casa. Nossa aula seria as 19:00 horas e ficou pras 20:00. Sendo assim, sobraria um bom tempo pra headhunter.
· Não satisfeito com minha rotina e trabalhando sempre mais do que a média, revisei alguns cronogramas e atividades. Descobri alguma coisa não muito boa sobre performance e sobre recursos dedicados. A boa notícia era que os cronogramas estão em dia. A má notícia é enxergar tantos talentos desperdiçados. Principalmente, quando alocados em atividades diárias de rotina, como “apagar incêndio”. É aí que o profissional deixa de prestar porque era criativo, propunha idéias novas, tinha estímulos, pra cair no óbvio do costumeiro, trivial, rotineiro. Enfim, acho que é carreira mal administrada. Mal dos tempos modernos. Apesar que todo jovem acaba de sair da Faculdade e já quer virar gerente. Vamos com calma. Tem muita água pra correr no moinho.
· Fui rapidamente até a Academia da Av. Angélica e, chegando lá, outra gravação. O pessoal da Rede SBT estava com toda equipe : câmera man, jornalista, personal e uma senhora fora de forma. Provavelmente, algum novo desafio proposto em algum programa de auditório. Voltei pra casa. Eu tenho problemas com imagem. (risos)
· O telefone toca novamente, era engano. Recebo alguns SMS de pessoas solicitando coisas. Meu MSN está abarrotado de mensagens. Respondo as mais importantes, outras deixo para depois.
· A Headhunter liga, falamos por exatos 30 minutos. Surge uma nova oportunidade. O mundo é cheio de novas oportunidades. Pena que a maioria da população não sabe onde procurá-las.
· A Nike me liga, chegaram novidades para conhecer. A HP me manda uma newsletter informando que eu (consumidor) estou atrasado para responder uma nota sobre qualidade dos serviços. A Bio Ritmo me liga informando que ganhei 3 dias de uso da unidade Platnum do Shopping Higienópolis por ter comprado um produto numa loja de suplementos. Eu já fui aluno da Bio Ritmo, já fiz o Face To Face, e não tinha interesse em voltar. No entanto, fui visitar a loja num sábado qualquer. As empresas estão atrás de nós - consumidores. E eu estou atrás das empresas. Tem alguma coisa errada neste mercado. Tem algo que está fora dos eixos. Uma única pessoa num único dia ser requisitada tantas vezes. Desisto um pouco de tudo e contemplo o início da noite. Minha trajetória quase finalizada.
· O professor chega. Ele só toma água se a garrafa estiver fechada, como se acabado de comprar. E eu tenho de abastecer o "estoque" pras aulas futuras. É, o cara veio de Los Angeles e vive algum tempo em SP. A aula foi produtiva. Conversação em outra língua é algo excitante, acompanhar o desenvolvimento pessoal, as falhas e melhorias. Tudo requer planejamento.
· Vou dormir e já é quase meia-noite. Meu amigo ator de Curitiba manda alguns scraps e torpedos dizendo que a peça foi um sucesso, coisa e tal. E as mensagens foram chegando até 1 da madrugada. E eu não acreditando. Empresas e pessoas nos acessam quase 24 horas por dia. Como meu blackberry fica ligado o tempo todo na internet, cai emails 24 horas neste aparelhinho. E as pessoas continuam dependendo das empresas que continuam dependendo das pessoas.
· Eu não havia comentado, porém, quando fui pra Paulista, até a FNAC, percebi que o cobrador do ônibus usava um MP3 da Sonny e ainda usava um celular da LG para mandar mensagens. Ao meu lado, um garoto de uniforme do Dante usava a última tecnologia em tênis da Nike. E um tipo executivo, de terno e gravata, anotava coisas em seu smartphone. Percebo que a cidade de São Paulo (região central e zona sul) está ficando cada vez mais parecida com Nova York. Só falta as pessoas aprenderem a falar tão rapidamente quanto o sotaque do novaiorquino. Tudo aqui é rápido, e o paulistano absorve todas as tecnologias possíveis com uma velocidade incrível. É uma pena que o transito incomode enormemente os cidadãos, e a violência. Mas o resto caminha velozmente prum outro sentido. E parece que estamos vivendo num ritmo efeito globalização, tudo que acontece lá fora tem respaudo aqui quase imediato. E neste imediatismo, de novo, surgem as oportunidades. Ps.: eu estou deixando de usar carro e passar a usar transporte público e bicicleta sempre que possível. Ando fazendo minha contribuição pruma cidade menos caótica e uma vida mais saudável pra todos. Espero que os carros respeitem mais os ciclistas.

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