sexta-feira, 25 de setembro de 2009


É difícil explicar a dicotomia das coisas, o mundo perplexo diante da última notícia da semana. Sim, o índice Downjones de 11/09/2009 foi exatamente igual ao índice de 11/09/2001. E nada mudou. Coincidência ou não. Fenômeno, as pessoas estão correndo mais. Cooper que nada, a moda é ultramaratona. Talvez, que seja modismo. The Face North, a face norte das montanhas geladas, dizem ser o lado mais sombrio, mais difícil. Chega uma nova marca no Brasil. E a nova "bolha" chama-se "TI Verde". Tem até máquina com caixa de bambú. Exatamente, computadores tornaram-se mais econômicos. E o preço ainda lá no teto. E um amigo meu chegou hoje com um iPhone pirata, made in China. Tem tudo igual, menos o software, claro. Mas a "box" é idêntica. Somente o logo que é um pouco tosco. Se o cinema fosse tão perfeito quanto a vida. Contudo, é de mentirinhas que gostamos de viver. Uns dizem desafios e que alguns precisam deles para continuar a jornada. Outros, precisam apenas de algum antídoto anti-monotonia. Criam as guerras, criam os passeios no parque, inventam modismos, mentirinhas, estorinhas, e a novela continua na TV. É tudo tão bonitinho. Tudo fake minha gente. O fato é que todo mundo nasce, cresce e morre. E as novelas continuam lá, globalizando cada vez mais. Falabela falou no programa da Gabi que existe uma nova classe artística : os "artistas da TV". Se é bom ou ruim, não ficou claro. O que sei é que os salários são poupudos. Tem até revistas cotando e divulgando salários de todo mundo. Agora meio que virou obrigação revelar tudo. Se não, o que explicaria os esbanjamentos em roupas e acessórios da tal classe da TV ? Aliás, qual a diferença entre um ator de teatro e outro da TV ? Se não, as possibilidades financeiras ? Apesar que dá pra medir o grau de conhecimento cultural. E isto é outro papo. E o mundo caminha a passos largos. Pena que só gira em torno do sol. Imagine se girássemos universo afora ? Talvez, a contagem de tempo seria outra e eu ainda seria uma criança em desenvolvimento retardado. E o capitalismo, a bolsa de valores, tudo isto não passaria de uma papagaiada inventada pelo homem só para dizer que temos deveres e responsabilidades. Pagamos impostos porque trabalhamos e recebemos nossos salários para uma hora voltar pros caixas dos bancos e, finalmente, pro bolso dos milionários. E os emergentes em cinco anos irão ultrapassar os podres de rico. E a roda gira. Girou. O último gol foi dado pelo jogador que ganha 1 milhão. No entanto, qual a escola que ele estudou ? Não sabemos. Aliás, sabemos sim, dos erros linguísticos. Num país desenvolvido, deveriam exigir curso superior dos atletas. Já num país sub-desenvolvido, para não dizer pobre, pelo menos um curso técnico em nutrição deveria ter. Semi-analfabetismo no mundo atual mata. Enquanto isto, o que são aqueles executivos em Alphaville fumando do lado de fora das empresas ? É a Lei anti-fumo minha gente. Na Avenida Paulista, de fronte praqueles bancos imponentes, instituições milionárias, seus executivos engravatados fazem círculos na calçada para queimar seus cigarros e jogar as cinzas na rua junto com as bitucas. Tudo porque estão proibidos de fumar as suas salas, redomas, fumódromos, e criaram os porcódromos, na rua mesmo, em suas rodas de bate-papo. Gastam mais tempo indo-e-vindo da rua para queimar um cigarro. Lei anti-fumo é deselegante. O fumante joga cigarros na calçada. De frente das empresas, lojas, estabelecimentos públicos ficam as pessoas fumantes, fumando e jogando aqueles cigarros escuros na calçada. E nós pedestres pisamos em tanta sujeira que mais um cigarro grudado na sola do sapato não fará falta. E o mundo evolui. Em Alphaville agora está em obras, pontes suspensas para pedestres. Tudo porque aumentou o número de carros significativamente e de pedestres também. Junto, veio os atropelamentos. Logo, conclui-se : vamos fazer pontes suspensas para pedestres. E os carros fuzilam. É impossível andar na Castelo Branco. Na expressa, diz a placa que a velocidade máxima é 100km/hora e todos ali andam a mais de 140 km/hora. Do lado menos perigoso, corre-se o risco de ser atacado por caminhões que parecem estar andando num parque de dizersão. Parecem que fazem balizas a 80km/hora. Como dirigem mal. O jeito é andar na pista do meio, de algum jeito, pelo menos dá pra escapar de alguma surpresa. Hoje, havia um carro com placa do executivo (aquela de bronze) e o motorista se achando, andando acima da velocidade e "empurrando" os outros pra saírem da frente. De repente, fez manobras radicais e sem dar setas. É isto, o mundo evolui. Mas, acho que somos mesmo terceiro mundo. Não tem jeito. Com ou sem aeronaves de guerra, este país é o retrato do povo mesmo. Se estamos assim, é por culpa da gente mesmo. Que vergonha. E o mundo evolui. Evolui sim, olha a Natureza morrendo. Hoje, as plantas em casa estão sufocadas. Não sei o que foi. Acho que meu vizinho andou usando inseticidas, ou é a tinta nova do prédio. Se a planta sentiu, imagine nossa saúde. Não tem jeito. Olhar por nós está cada vez mais difícil imagine pelos outros. Temo a saúde neste país. Se dependermos da saúde pública, estamos mortos antes mesmo de darmos entrata no hospital. É tanto descaso. Acho que meu destino é virar um budista e bem longe dos grandes centros. Mas, como todo capitalista fajuta e viciado em mercados emergentes, acho que terei um belo de um desafio se desejar mudar de vida. Por enquanto, sigo aqui. O iPhone pirata foi a coisa mais bizarra que vi hoje. E comprou lá no centrão, nas famosas lojas ... Eu hein. Entre um iPhone e um Blackberry, fico com a segunda opção. Storm, please!. Tempestade negra. Fui.