sábado, 24 de janeiro de 2009

Walkman - retrô pop era


Eu encontrei uma caixa repleta de fitas cassetes (K7) na casa de minha Mãe. Durante as férias de fim de ano, fui pro Sul de Minas e vasculhando coisas do passado encontrei tal caixa. Neste final de semana estou tentando encontrar alguma raridade que vale a pena ouvir somente para matar saudades. Meu walkman (sony) ainda está inteiro. Só preciso conferir as pilhas novas se irão dar conta de funcionar o bichinho. Pra quem não sabe, as fitas cassetes foram inventadas pela Philips na década de 60. Posteriormente, com o lançamento dos walkmans na década de 70, iniciou-se a revolução do som portátil e individual. Meu primeiro walkman (ou Soundabout) ganhei na década de 80, quando completei 10 anos de idade. E minha primeira fita cassete original era do Roberto Leal. Na verdade, eu roubei a cassete de minha Irmã, que ouvia de Roberto Carlos à Perla e Roberto Leal. Como eu não tinha conhecimento da música internacional (que era difícil na época), recorria à tais apelos. Com 11 anos de idade, eu já tinha amigos colecionando vinil de bandas de rock pesado como : Iron Maiden, AC/DC, Led Zeppelin, Deep Purple, Motorhead, e outras pérolas do metal. Eu emprestava os discos e, em casa, copiava do vinil para cassete. Depois, curtia no walkman. Até porque meus pais não toleravam rock e tinha de ouvi-los com fone de ouvidos. Até os 15 anos de idade eu ouvia som no walkman. Com 16 anos passei a ouvir som em aparelhos portáteis e vinil (tive uma eletrola magnífica). Com 17 anos, depois de comprar uma guitarra e um amplificador, comecei a usar somente walkman. Pois, era muito mais audível e perceptível o som das guitarras quando usava walkman. Eu só posso dizer que mais da metade da minha vida tive aparelhos portáteis do tipo walkman. Depois, com uso contínuo de computadores e internet, cheguei a ter alguns arquivos em wav. Com a revolução do mp3 (MPEG-1/2 Audio Layer 3), eu tive de apelar e comprar um iPod. Esperei lançar um de 8 gb para poder ter espaço suficiente para minhas músicas preferidas. Que já ultrapassam uma lista de 1000 músicas. Creio que 8 gb sejam suficientes. Somente hoje eu fico imaginando como a gente carregava peso. Na década de 80, meu primeiro walkman era um trombolho que precisava de uma pochete amarrada na cintura para carregá-lo. Isto porque o "aparelhinho" consumia 8 pilhas médias. Fora que tinha de carregar as fitas preferidas ou um grupamento de fitas que comprometeriam a trilha sonora do passeio. Uma vez que utilizava-se mais o walkman em caminhadas e passeios. Como eu andava muito de moto ou bicicleta na adolescência, era fundamental um aparelho tipo walkman. Contudo, acho hoje um exagero quando pensamos que tivemos de usar um aparelho daquele tamanho porque a indústria ainda estava em desenvolvimento. E ainda está. Porém, hoje, um aparelho de mp3 cabe no bolso da camisa, ou naquele bolso menor da calça jeans. Tem aquele iPod minúsculo que, se bobear, engolimos de tão pequeno. Eu não sei o que fazer com a caixa de fitas K7. Provavelmente, irei aproveitar alguns sons. Pois, o ruído era algo interessante das músicas. Sim, os ruídos oriundos das gravações de vinil para K7. O barulho das agulhas quando o disco estava arranhado e isto era "importado" para o K7. O MP3 não tem ruído perceptível aos nossos ouvidos, então, parece sempre que a gravação está impecável. Eu não sei qual será a próxima moda com relação aos aparelhos de som individuais. Outro dia, andando na rua, vi um gurí com celular na mão e ouvindo RAP em som alto. Tenho visto isto em alguns lugares em Sampa. Principalmente, em lugares próximos a estações de metrô e shoppings. Vc está andando normalmente, de repente, cruza com uns rapazes que estão com o som ligado do celular e no volume máximo. Não sei como se chama este comportamento. Os boys que tem carros envenenados (motor, som, etc) costumam andar com os vidros abertos e o som bem alto. Acho que tudo seja cultura de rua. Usar o som aberto do celular (que é uma bosta, diga-se de passagem) pra exibir a música para todos é um mico, na minha opnião. Assim como, som alto de carro, pra chamar a atenção. Tudo é questão de cultura, países, etc. O Walkman estourou mesmo nos Estados Unidos, durante a década de 1970. E hoje em dia, um dos maiores consumidores de MP3 é a Alemanha. Incrível não é ? Os USA tiveram a sorte de ter uma empresa como a Apple, que lançou um aparelho que acho primordial e sensacional como design e funcionalidade : iPod. Tudo isto graças ao avô do iPod, digo walkman, que deu um pontapé e revolucionou a maneira de curtir uma música em um aparelho portátil com fone de ouvidos. Contudo, o iPod permitiu uma ousadia muito maior. Tamanho o volume de produtos que se apresentaram como ferramentas auxiliares ao iPod, desde caixas de amplificação do som até ships que comunicam a pisada (ou passada) de um corredor (acoplando o ship no tênis) para o iPod e registando a corrida e performance. Eu sou fã da nanotecnologia e acho que tudo irá melhorar muito com os avanços. O que é natural. Eu estou esperando fazem décadas que a realidade virtual chegue logo. Sou amante de jogos, softwares, pesquisas e estudos sobre o tema realidade virtual. E por conta do destino, estou aqui com uma caixa de fitas K7. Espero não encontrar nenhum game de MSX, se não terei um troço. Eu tive um Expert da Gradiente e quase fiquei louco com jogos de MSX. E quase fui reprovado certa vez, deixava de estudar para jogar. O que a tecnologia não faz pra gente. No meu caso, usei boa parte da tecnologia que tive acesso para divertir. Talvez, por ser tão fã de tecnologia é que fui parar no mundo de TI (information technology) e trabalhar com arquitetura de soluções por mais de 13 anos. Na próxima década, vou tentar virar escritor, poeta, músico, maratonista, qualquer coisa assim.

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