"As verdades contidas nas doutrinas religiosas são, afinal de contas, tão deformadas e sistematicamente disfarçadas, que a massa da humanidade não pode identificá-la como verdade. O caso é semelhante ao que acontece quando contamos a uma criança que os recém-nascidos são trazidos pela cegonha. Neste caso também estamos dizendo a verdade através de uma expressão simbólica, pois sabemos o que essa grande ave significa. Mas a criança não sabe. Escuta apenas a parte deformada do que dizemos e sente que foi enganada; e sabemos com que frequência sua desconfiança em relação aos adultos e sua rebeldia têm realmente começo nessa impressão. Convencemo-nos de que é melhor evitar esses disfarces simbólicos da verdade naquilo que contamos às crianças, e não privá-las de um conhecimento do verdadeiro estado de coisas adequado a seu nível intelectual." Sigmund Freud, The Future Of An Illusion
De certa forma, a arte flerta com a ciência, tecnologia, filosofia, psicologia e outras áreas. Certos artistas são porta-vozes de algo que contém certas verdades. Na música, não se fala metaforicamente as vezes. Se usa da poesia, da retórica, da melodia, da canção, para chegar ao elemento comum : comunicação. Madonna comunica-se muito bem com seus ouvintes, fãs e afins. Ícone de uma geração, usa de elementos - que para muitas sociedades ainda é tabú - exatamente para quebrar este rótulo de lenda, ilusão, falsidade, dentre tantas outras coisas inventadas pela história. Como diz muito bem Freud (o Pai da psicanálise) logo acima. Algumas vezes, parece que vivemos numa cortina de fumaça.
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