domingo, 10 de maio de 2009

Que droga, que inveja.

Ainda continuo tentando gerar fractais mais interessantes do que aqueles comentados (e realizados) em post passado. O foda é que ando programando em linguagem C e usando como "artifício?" e suporte um legado do Unix chamado Motif. Que é a parte gráfica do sistema operacional Unix. Acontece que eu não programava tinham anos, quase década. E isto é um tanto desgastante pra mim. Meu cérebro já não tolera tanta informação e tanta concentração diante de linguagens de programação. Ainda mais quando o prompt é um cursor verde com tela de fundo preta. Eu não uso Linux, infelizmente. Na verdade, conheci o sistema operational Linux no ano de 1995. Quando fiz um estágio numa empresa que prestava serviços pra IBM da Alemanha e pra Sun americana. Os softwares eram desenvolvidos no Sul de Minas Gerais. Num dado momento, as máquinas da IBM que eram comodato precisaram ser devolvidas e a solução foi adotar o Linux. Arregacei as mangas para instalar 20 workstations (PC Intel rodando Linux) que seriam utilizadas pela equipe de programação. Depois deste episódio com Linux, fui trabalhar com HP-UX e AIX. E só voltei pro Linux depois que ele já havia sido consagrado. Ou seja, depois dos anos 2000. Eu fui pioneiro no uso e suporte ao Linux e nem sabia. Pudera. A gente surfa na onda sem nem mesmo ter noção de como a maré anda. Eu era imaturo e fazia parte do jogo dançar conforme a música. De volta aos fractais, eu ando tendo uma forte paquera com a realidade virtual. Visto que na adolescência eu sempre era fascinado por ela. No mundo moderno, à todo momento, estamos cercados desta realidade virtual. Se não for truques cinematográficos (vide trilogia Matrix), são as esperiências científicas. No meu caso, a realidade virtual me instiga a procurar soluções tanto no sentido da programação, quanto para jogos e traquitanas modernosas. Haverá um dia em que não teremos tantos trabalhos manuais e a mente de fato dominará tudo. Hoje, ainda precisamos de softwares para digitar textos. Como neste blog. Sendo que existem softwares que conseguem interpretar o que falamos e escrever numa página em branco. Softwares de reconhecimento de vóz. Atualmente, ando utilizando o gravador de vóz do meu celular para gravar meus pensamentos e idéias. É muito mais intuitivo. Eu tenho um celular LG modelo KF600D que responde ao toque de tela (touch screen). Não é um iPhone da vida, mas quebra um galhão. Já tive um blackberry, mas abandonei porque não conseguia mais largar ao hábito de ler tudo que mandavam por email. Já o LG tem um gravador que eu aciono com um toque apenas e vou gravando o que imagino ser interessante. Ao invés de anotar em páginas de cadernos de anotações, gravo em arquivo audio e quando dá eu saio ouvindo. Serve como secretária eletrônica também. Mas isto ainda não é realidade virtual. É apenas uma sofisticação da engenharia de software. Contudo, os algorítmos de reconhecimento de vóz são complexos. Daí, o porque dos softwares de reconhecimento de vóz para gerar textos são tão complexos e carregados. Pena que ainda não viraram moda. Com a morte dos jornais impressos (vide mercado americano) estão apostando nestas traquitanas como o Kindle. Que agora funciona com wireless e vc pode "baixar" ou downloadar textos dos jornais preferidos. Pena que só é válido pro mercado americano. Imagino. Será isto um passo ao tão sonhado mundo futurista? O homem já é moderno e tem mais de século. A arte provou isto com a descentralização, popularização e acessibilidade aos Museus, Galerias e afins. Com o século XX, a arte banalizou-se e teve seus motivos. Exatamente, porque deixou de pertencer somente as elites (Reis, Governos, Cleros, Ricos) e passou a tomar um aspecto mais de consumo enquanto arte moderna. Isto, pois, ao assumir novos suportes, novos meios mais baratos de produção, artistas com sede de comercializar suas obras, acabam por banalizar alguns meios e escolas. Por exemplo, a produção em série que conhecemos como reprodução. Assim como, os vídeos que são distribuídos em larga escala. E com isto vemos os meios digitais criados na web como forma de penetração sem prescedentes. Como o twitter. Aonde você for, o que escrever, todo mundo estará sabendo. Se isto é um pré anúncio de que a realidade virtual está chegando, que ótimo. Já existem casas totalmente integradas a sistemas de realidade virtual. E os carros avançam para serem controlados totalmente por software, sem necessidade do humano interagir mecanicamente (dirigir de forma convencional). Talvez, os impeditivos para tornar uma sociedade totalmente integrada com tal realidade seja o impacto psicológico e social destas novas tecnologias. Como os fractais que podemos chamar de arte e muitos não acreditarem. Não entenderem o formato e suporte. Mas são desenhos, de alguma forma, são desenhos. Talvez, não seja uma arte feita por humanos no aspecto do toque humano, de segurar um pincel ou caneta ou lápis. Porém, os fractais surgem através de algorítmos que são matemáticos. E a arte sempre foi matemática. Como exemplo, eu poderei comentar das esculturas de Sergio Camargo. Ao visitar uma exposição no Museu IAC, e tomar contato com várias esculturas dele feitas principalmente de mármore de carrara e belga (que acho um luxo), pude constatar do talento e do trabalho que o escultor teve para chegar aquele resultado. Sergio parece-me que ia até o último limiar da pedra para ter o resultado da curvatura. E o mármore é complicadíssimo. Exatamente, porque num erro de cálculo o que se está fazendo numa ponta pode trincar toda a outra ponta. De tão sensível. E este limiar tanto requer um conhecimento matemático ou técnico da arte de realizar uma obra em escultura. E eu ando muito interessado em trabalhos manuais, que requerem pouco uso cerebral. Mas quando pensamos na realidade virtual e nos fractais, os desafios matemáticos estão presentes. Mudamos o suporte. Porém, a matemática sempre esteve presente nas artes. A não ser uma arte intuitiva ou primitiva, ademais, penso que podemos ter o suporte da matemática como base. Eu encontrei uns fractaiss belíssimos aqui. Trata-se de um curso sobre fractais. E hoje está tão na moda estes desenhos cheios de curvas, aspirais, tudo isto vem da origem dos fractais. O meu exercício com programação é mais pelo fato de que gosto da interatividade com as tecnologias. Se estudarmos o software que faz carregar todo sistema destes nossos computadores, e eu uso um notebook, isto nos faz ver o quanto as tecnologias estão presentes. E o quando são matemáticas. E o quanto temos de realidade virtual presente neste momento em nossos meios também virtuais. Não duvido nada que softwares de busca na internet sejam carregados de algorítmos neurais. Que funcionam muito de maneira semelhante ao cérebro humano. E isto também tem como anteparo a realidade virtual. Eu dei um jogo pra minha sobrinha quando ela completou 09 anos de idade. É um jogo de realidade virtual. Compreendia em criar universos artificiais de comunidades de insetos, bichos inventados, e toda uma sapolândia de cidades de insetos e afins. Ela adorou aquilo. Ainda não tínhamos a febre dos The Sims. Que hoje ela usa com moderação. Porque é privada de uso do computador para não gerar muita dependência. De maneira geral, eu fico feliz de saber que as coisas estão caminhando a passos largos. Pois, 15 anos atrás ninguém imaginaria que a internet seria possível como é. E a democratização das informações (querem colocar os livros em bibliotecas online para uso indiscriminado). Se o homem chegou neste ponto de conscientização e contribuição para evolução de todos nós, poderá um dia acreditarmos que tudo isto também pode contribuir para uma melhor forma de vida social. Uma sociedade mais livre, justa, onde todos tenhamos acesso ao que merecemos. E não para cada peso uma medida. Se o mundo permite a internet avançar muito mais que qualquer coisa já criada pelo homem, porque as leis e direitos humanos não fazem o mesmo? Será que o item "comércio" e "lucro" ainda é o norte para as civilizações modernas? Só para terminar, encontrei no meio da minha bagunça de livros um livro que está esgotado : "Caligula", do Allan Massie. Eu vi a peça do competente Villela e muito gostei. E Caligula foi um visionário ao permitir reeditarem livros proibidos na tua época, assim como, perdoando endividados. Foi tido como louco, como qualquer visionário atemporal. Hoje, dizem que o Kindle como produto pode fracassar. Assim como, dizem que o twitter não servirá para grandes coisas. Porém, este último é fenômeno. Parece-me que tudo tem um ciclo ora duradouro e ora não. E o que determina o ciclo das coisas é algo um tanto complexo de se definir. A única coisa duradoura nos meus hábitos ainda é o uso do jeans que desde muito menino tenho vestido. Fora isto, muitas coisas já passaram por mim e perderam-se. Algumas eu sinto falta e outras nem mais. Talvez, um dia muitos sentirão falta dos textos impressos em papéis. Eu sentirei.

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