Eis a melhor sequência de cenas de skate que já vi. Superando inclusive Guns Van Sant em seu magnífico Paranoid Park . As cenas retratam de certa maneira este gosto pela liberdade. Não apenas a liberdade de movimentos, de velocidades, mas para o skatista parece não existirem limites. Os limites, muitas vezes, somos nós que condicionamos. Exatamente, por conta de não buscarmos exceder é que não sabemos o que vem depois. Existe um ponto, o início, aonde começam as coisas. Porém, poucos vão além. Poucos rompem barreiras, fronteiras, limites. Alguns, pagam caro. Outros, conquistam tudo. No esporte, os limites são impostos à partir de parâmetros. Como na vida. E somente vamos além, quando criamos objetivos e, sendo superados, traçamos novos. No filme, os jovens parecem confrontar com algo inimaginável. Parece ser a sensação do prazer, somando adrenalina, medo, aventura, liberdade. Este é o verdadeiro espírito de se viver num mundo tão repleto de regras e normas. A liberdade! Esta parece comungar com os sonhos. Porém, alguns conseguem sonhar acordado. As imagens destas cenas falam por sí só. E como é bela a Costa Rica. Viver no litoral é muito diferente. O mar realmente parece fascinante para quem o vê todos os dias. Assim como o céu. O sol. A noite e o dia. Parece que a natureza tornou-se ficção diante das grandes cidades. Quando se vê concretos e carros, trens e onibus. Existe algo muito maior de se alcançar do que apenas conquistas materiais. Enquanto somos muito jovens, talvez, até ingênuos, queremos apenas comungar destes prazeres mundanos. Já adultos, com as responsabilidades, somos mergulhados num universo de regras e acontecimentos. O gosto da liberdade. O tão romantico sonho hippie de um dia conquistar a paz e o amor. Não é tão difícil estabelecer um diálogo com a natureza. A começar pela nossa mente, corpo e espírito. Um dia, parece que tudo simplifica. Primeiro, é necessário começar do ponto de partida e caminhar. E tudo fica mais simples.
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