segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Do Abysmu
Do Abysmu
Ventava e fazia frio
do alto daquelas nuvens
eu apenas olhava abaixo
sentia medo
e não era anjo
A exposição me perturbava
aquela mestra que tanto queria acercar-se
me trouxe outro medo
Minhas mãos gélidas tocaram minha face
enquanto minhas pálpebras alagadas pelas lágrimas
tentavam fazer-me desistir
Minhas pupilas jamais esqueceram tamanha imagem
que me cercava diante de meu medo
e aqui, eu, sóbrio e só, tivera dúvidas
E quase por um pequeno equívoco
teria desvanecido aquela mestra
a bruxa que virou santa
a mulher coroada pela sua sabedoria
Ventou e fez frio
calafrio debaixo de meus lençóis
sol desbotado numa tarde nublada
Já dentro de mim fez outro silêncio
Oh, meus soluços que ninguém pôde ouvir
dias que jamais passavam
dúvidas foram junto com as desculpas
E aqui, Eu, pobre homem
levantei de meu pesadelo
E aqui, Eu, pobre homem
abandonei meu sofrimento
Então,
descobri uma passagem
Desde este tempo,
comecei a caminhar
Dias e dias
Muitas falas e palavras
São os ecos, os ecos, os ecos
E o silêncio, quem faz silêncio ....
Quem fez silêncio ....
no abismo ....
só se ouve o silêncio.
_Umberto.Alitto
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Um comentário:
reconhe-cível, na foto
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