terça-feira, 25 de novembro de 2008

{ The Guess Who [American Woman] }

The Guess Who é uma banda Canadense, destas que nunca acabaram, apesar das constantes mudanças. O hit "American Woman" é da década de 1970 e trás toda ambiência daqueles tempos. Basta ouvir a vóz lixada do cantor, os teclados vintages estilo "The Doors" e os solos de guitarras hippies. Sim, meus caros, os velhos tempos sempre existirão. Ou seria melhor dizer que quanto mais envelhecemos mais damos conta de que éramos felizes e não sabíamos ? Seria muito saudozismo esta onda nostáugica! E como os jovens daqueles tempos foram ingênuos acreditando que a paz mundial era algo factível de se conseguir por conta de protextos. A filosofia continuou, dependendo do ponto de vista. Hoje, tenho muitas dúvidas da maneira como vivemos. Somos escravos de uma cultura massacrante e ditatorial, um sistema capitalista horroroso, e não sei mais aonde vamos parar. O modelo atual é valorizar as coisas estrangeiras. Fiquei muito feliz ao ver Gilberto Gil na capa da Rolling Stone brasileira. Gostaria muito que fosse Caetano. Está muito bem com Gil. Hoje e sempre, "American Woman" é aquela America poderosa, sedutora, que agora está ficando velha como o velho continente. América de oportunidades hoje nem tanto mais como antigamente. O mundo está mudando e temos de dar conta disto. O que o velho rock tem a ver com toda esta paranóica fase histórica ? Se os jovens dos anos 60 queriam dinheiro para fazer suas farras e hoje estão no comando de mega corporações, o que será que acontece com nossos jovens atuais ? Também querem dinheiro. E um dia estarão no comando de alguma coisa. Seja do tráfico, seja na liderança de uma banda de rock ou de um banco bilionário. O mundo mudou, todavia, nossas cabeças parecem estar antenadas na era da indústria. Vivemos uma fronteira da comunicação onde a economia global depende mais do conhecimento do que das habilidades operacionais como antigamente. Entramos na era do conhecimento, onde quem sabe detem o poder. Ainda assim, vez ou outra, creio que ser um sujeito vivendo numa cidade como São Paulo, sem conta bancária, sem contas para pagar, estando ligado às artes e a cultura de alguma forma (e isto pode valer para qualquer lugar do mundo) pode ser muito melhor do que estar inserido neste meio capitalista. Onde ter uma conta bancária significa muita coisa, mas também significa uma escravidão financeira. Imaginem a vida dos que faliram recentemente por conta da crise financeira que alastrou mundialmente. É isto : American Woman é sedutora, linda, culta, mas também é perversa e má.


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