Digo, não conheço a Itália. Apesar de ser neto de italianos e com árdua tarefa para iniciar a leitura de um livro novo que comprei : "a rainha albemarle ou o último turista" do Sartre, sobre suas andanças siguezagueando pela sua amada Italia. Eu sempre fuço coisas da Italia. Sendo um País e cultura donde se pode explorar histórias, assuntos, sem nunca acabar. Ainda assim, de uma elegância. Quanto a música idem. O rapaz da foto acima tem apenas 22 anos. É cantor. Musicalmente, sofisticado. E daí ? Ele está em estúdio com o produtor do ColdPlay. Está bom assim ? Vamos por partes. Quando ouvi a música Candy, tive uma amostra da potência e genialidade tanto da vóz deste jovem quanto de seu talento nato. Poderia cantar naturalmente em Italiano, mas escolheu Inglês (pelo fato de ter vivido na Inglaterra com teus Pais). Na primeira audição, imaginei estar ouvindo algum cantor antigo de soul, com aquelas características todas do folk, blues e do jazz. A sua banda, somada à toda ambiência, daquela vóz rouca, digo, lixada, meio Tom Waitts, um tanto Louis Armstrong, já deu para convenser de que estava diante de um talento e que em breve irá alcançar grandes massas. Eu não duvido do poder, da criatividade, do talento e da elegância do povo italiano. Considerando este fator, creio que a formação tenha a ver com as influências que forjaram o estilo dele. O rock apresentado no primeiro disco pode até dar margem para a fase setentista, aquele som meio hippie e que hoje está tão na moda. E até soa meio cult, podendo dizer despretencioso. O fato é que o som "caipira" americano tornou-se moderno por bandas como The Killers, Kings Of Leon que estão em cena. Antes, precisou vir a tona uma bomba atômica chamada Elvis Presley com seu rock regado a blues. E vieram vários outros. Não tiro mérito de ninguém. Apenas, creio no talento e no potencial de Paolo. E muitos outros jovens. Neste caso, é um sangue novo, que tem tudo para dar um upgrade no contexto geral - quase sempre arroz com feijão. Tipo programa musical de televisão, vídeo-clipes chatos e repetitivos, vitrines que mais parecem aqueles magazines. Entre um rebolado samba-pop-tecno suingue-sangue-bom e um rock dosado a distorção, acho que vou preferir a segunda opção, com direito a uisque e gelo. Por se tratar de Itália, dá um desconto né ... Mas o som garanto, é bom. Confiram na passagem abaixo.
Sunny Side Up
Candy
Candy
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