quarta-feira, 30 de setembro de 2009
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Maria Martins
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
É difícil explicar a dicotomia das coisas, o mundo perplexo diante da última notícia da semana. Sim, o índice Downjones de 11/09/2009 foi exatamente igual ao índice de 11/09/2001. E nada mudou. Coincidência ou não. Fenômeno, as pessoas estão correndo mais. Cooper que nada, a moda é ultramaratona. Talvez, que seja modismo. The Face North, a face norte das montanhas geladas, dizem ser o lado mais sombrio, mais difícil. Chega uma nova marca no Brasil. E a nova "bolha" chama-se "TI Verde". Tem até máquina com caixa de bambú. Exatamente, computadores tornaram-se mais econômicos. E o preço ainda lá no teto. E um amigo meu chegou hoje com um iPhone pirata, made in China. Tem tudo igual, menos o software, claro. Mas a "box" é idêntica. Somente o logo que é um pouco tosco. Se o cinema fosse tão perfeito quanto a vida. Contudo, é de mentirinhas que gostamos de viver. Uns dizem desafios e que alguns precisam deles para continuar a jornada. Outros, precisam apenas de algum antídoto anti-monotonia. Criam as guerras, criam os passeios no parque, inventam modismos, mentirinhas, estorinhas, e a novela continua na TV. É tudo tão bonitinho. Tudo fake minha gente. O fato é que todo mundo nasce, cresce e morre. E as novelas continuam lá, globalizando cada vez mais. Falabela falou no programa da Gabi que existe uma nova classe artística : os "artistas da TV". Se é bom ou ruim, não ficou claro. O que sei é que os salários são poupudos. Tem até revistas cotando e divulgando salários de todo mundo. Agora meio que virou obrigação revelar tudo. Se não, o que explicaria os esbanjamentos em roupas e acessórios da tal classe da TV ? Aliás, qual a diferença entre um ator de teatro e outro da TV ? Se não, as possibilidades financeiras ? Apesar que dá pra medir o grau de conhecimento cultural. E isto é outro papo. E o mundo caminha a passos largos. Pena que só gira em torno do sol. Imagine se girássemos universo afora ? Talvez, a contagem de tempo seria outra e eu ainda seria uma criança em desenvolvimento retardado. E o capitalismo, a bolsa de valores, tudo isto não passaria de uma papagaiada inventada pelo homem só para dizer que temos deveres e responsabilidades. Pagamos impostos porque trabalhamos e recebemos nossos salários para uma hora voltar pros caixas dos bancos e, finalmente, pro bolso dos milionários. E os emergentes em cinco anos irão ultrapassar os podres de rico. E a roda gira. Girou. O último gol foi dado pelo jogador que ganha 1 milhão. No entanto, qual a escola que ele estudou ? Não sabemos. Aliás, sabemos sim, dos erros linguísticos. Num país desenvolvido, deveriam exigir curso superior dos atletas. Já num país sub-desenvolvido, para não dizer pobre, pelo menos um curso técnico em nutrição deveria ter. Semi-analfabetismo no mundo atual mata. Enquanto isto, o que são aqueles executivos em Alphaville fumando do lado de fora das empresas ? É a Lei anti-fumo minha gente. Na Avenida Paulista, de fronte praqueles bancos imponentes, instituições milionárias, seus executivos engravatados fazem círculos na calçada para queimar seus cigarros e jogar as cinzas na rua junto com as bitucas. Tudo porque estão proibidos de fumar as suas salas, redomas, fumódromos, e criaram os porcódromos, na rua mesmo, em suas rodas de bate-papo. Gastam mais tempo indo-e-vindo da rua para queimar um cigarro. Lei anti-fumo é deselegante. O fumante joga cigarros na calçada. De frente das empresas, lojas, estabelecimentos públicos ficam as pessoas fumantes, fumando e jogando aqueles cigarros escuros na calçada. E nós pedestres pisamos em tanta sujeira que mais um cigarro grudado na sola do sapato não fará falta. E o mundo evolui. Em Alphaville agora está em obras, pontes suspensas para pedestres. Tudo porque aumentou o número de carros significativamente e de pedestres também. Junto, veio os atropelamentos. Logo, conclui-se : vamos fazer pontes suspensas para pedestres. E os carros fuzilam. É impossível andar na Castelo Branco. Na expressa, diz a placa que a velocidade máxima é 100km/hora e todos ali andam a mais de 140 km/hora. Do lado menos perigoso, corre-se o risco de ser atacado por caminhões que parecem estar andando num parque de dizersão. Parecem que fazem balizas a 80km/hora. Como dirigem mal. O jeito é andar na pista do meio, de algum jeito, pelo menos dá pra escapar de alguma surpresa. Hoje, havia um carro com placa do executivo (aquela de bronze) e o motorista se achando, andando acima da velocidade e "empurrando" os outros pra saírem da frente. De repente, fez manobras radicais e sem dar setas. É isto, o mundo evolui. Mas, acho que somos mesmo terceiro mundo. Não tem jeito. Com ou sem aeronaves de guerra, este país é o retrato do povo mesmo. Se estamos assim, é por culpa da gente mesmo. Que vergonha. E o mundo evolui. Evolui sim, olha a Natureza morrendo. Hoje, as plantas em casa estão sufocadas. Não sei o que foi. Acho que meu vizinho andou usando inseticidas, ou é a tinta nova do prédio. Se a planta sentiu, imagine nossa saúde. Não tem jeito. Olhar por nós está cada vez mais difícil imagine pelos outros. Temo a saúde neste país. Se dependermos da saúde pública, estamos mortos antes mesmo de darmos entrata no hospital. É tanto descaso. Acho que meu destino é virar um budista e bem longe dos grandes centros. Mas, como todo capitalista fajuta e viciado em mercados emergentes, acho que terei um belo de um desafio se desejar mudar de vida. Por enquanto, sigo aqui. O iPhone pirata foi a coisa mais bizarra que vi hoje. E comprou lá no centrão, nas famosas lojas ... Eu hein. Entre um iPhone e um Blackberry, fico com a segunda opção. Storm, please!. Tempestade negra. Fui.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Anticristo, by Lars Von Trier.
Ah, sim. Agora, sim. Claro que agora sim. Depois de ler o que Nazarian escreveu no blog dele, a minha mente abriu um pouco mais. Tem uma semana que eu também assisti a mais nova cria do Lars. Diga-se de passagem, belíssimas fotografias, o filme começa lento, poético, até a metade é tolerável. Depois, tive a impressão de estar sufocando a cada minuto. Quase desistindo da tortura filmica. Mas a história é tão boa, a construção do filme, as soluções, que te prende de uma tal maneira. Saí com a sensação de ter visto um novo conceito. É isto, o diretor comprovadamente (dito pelo próprio) teve as idéias das cenas e do roteiro durante um tratamento barra-pesada de depressão ao qual submeteu-se. E a construção do filme deu forças para continuar sua jornada. E AntiCristo é uma espécie de contra-mão, "a natureza é a igreja de Satã", uma antítese, o homem representando uma entidade e a mulher outra. Uma disputa ? Talvez. Não pensei em Freud ou Jung para chegar a interpretar tais sonhos de Lars e como criou todas aquelas cenas incríveis. Até seria pretenção minha. Imaginem só, não entendo nem a minha mente, que dirá de um gênio! Das cenas, sejam horríveis ou belas, assustadoras ou contemplativas, o fato é que o filme realmente já nasce como clássico deste gênero. E que gênero ? Talvez, eu também concordo que seja um filme de terror, mas muito diferente. Eu ainda arriscaria acreditar que, assim como as telas da série "Carretéis" do pintor Iberê Camargo sejam instrumento de estudo de inúmeros psicanalistas, talvez, este filme do Lars poderá correr o risco de tornar-se um clichê por conta de virar estudo de psicanálise. Tentar entender vários significados ali. Sejam respaudados em teses junguianas ou freudianas. O fato é que o filme choca e convence. Vale a pena ver, mesmo que com medo ou pavor a cenas chocantes. Lars é obrigatório. E os atores mandaram muito bem. Muito bom.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
DAVID BOWIE - First TV appearance 1970 - SPACE ODDITY
Sim Major Tom, não há nada que possamos fazer, daí da Lua só se vê a Terra e ela é azul. Cambio. Eu adoro esta música de Bowie. Como eu queria que Caetano gravasse algo de Bowie e vice-versa. Dois ícones que admiro. Esta letra e música fala do distanciamento do homem do seu habitat, desta busca pelo novo, inesperado, as tais aventuranças. Será que realmente fez algum sentido o homem ter pisado na Lua ? Será que faz algum sentido buscar vida em Marte ? Para além da pesquisa científica, as vezes, o homem parece querer brincar de ser Deus. Ou de adivinhações. Enquanto que o rock existe para diversão em massa, ainda assim, as letras nos dizem alguma coisa. Não deixando de ser pensamentos em versos livres, como num tipo de poesia ... Outro dia sonhei que era um extra-terrestre e que Marte era tão sem graça. A terra está virando um reduto igual. Daí uns anos, todo mundo vai conhecer cada pedaço de chão da terra. E viveremos com uma máscara de oxigênio. Estudos europeus comprovaram que morrem milhares de pessoas por ano na Europa prematuramente. Quando não são os vírus gripais, são efeitos nocivos do aquecimento da terra e da má qualidade do ar. Daqui uns anos será realidade, viveremos com máscaras de oxigênio e isto será uma realidade. Da Lua, Major Tom, a terra é uma bola azul, cambio final. E eu te pergunto, para que tanto dinheiro?
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
São Paulo --> onde o irreal acontece.
Os franceses tem uma palavra muito comum, que seria algo como "irreal". Pois é, hoje foi um dia irreal. Pra não dizer surreal. Saí de casa depois do "dilúvio" número 1. Sim, aquela pancada de chuva por volta de 8 da manhã. Por volta de 9:30, ainda na 23 de Maio, resolvi parar num posto de Gasolina próximo da IBM, Tutóia. Voltei pro transito por volta de 10:30. Fui chegar no tùnel JK eram 11:30. Dalí até a Marginal Pinheiros já eram 12:40. Da ponte Cidade Jardim até o cebolão (sentido Castelo Branco) eu levei cerca de 3 horas. Imagina? Pois é, o transito estava interditado pela CET. Olhando pro Rio Pinheiros, além de muito lixo, ratões tentavam não morrer afogados, ficando protegidos em pequenas ilhas. Quando cheguei na ponte da altura do Ceagesp, havia uma pequena favelinha formando embaixo da ponte. A última ponte de acesso ao Cebolão. Alguns dias atrás, só havia um barraco, agora somam-se 9 barracos. De dentro daqueles barracos, saiam filhotes de cães vira-latas, muitos. Como o vidro do carro estava aberto, eu percebi choros de crianças. Fiquei imaginando qual o tipo de água elas bebem, com o que as comidas são cozidas e que tipo de comida. Na beira do rio, algumas roupas estavam separadas, como se estivessem "lavadas". Uma cidade tão rica como São Paulo, é "irreal" acreditar que pessoas vivem desta forma. É uma vida que creio eu ninguém queria ter. Ao mesmo tempo que a sociedade não tem culpa, ela tem. Pois, convivemos e coexistimos com este caus e com todos estes problemas. Pessoas chegam a todo momento em São Paulo, em busca de emprego, melhor qualidade de vida imaginando que ganha-se mais e vive-se melhor. Ledo engano. Por um outro lado, o raciocínio até que faz sentido : quanto mais as pessoas sobem na pirâmide social, alguém tem que vir debaixo fazendo o trabalho sujo que ninguém quer fazer : lavar vasos sanitários, desentupí-los, catar lixos, entulhos, desentupir redes de esgotos, por o asfalto nas pistas, tapar buracos, catar entulhos, limpar ruas, e por aí vai. É o sub-emprego, de vidas que vivem num patamar de sub-nutrição, analfabetismo, de vidas extremamente inferiores aos padrões mínimos. Não tem como imaginar no futuro de crianças que crescem em lares extremamente pobres. Como esta mão-de-obra barata que estava comentando tem uma demanda muito grande nas grandes cidades, elas acabam por gerar uma espécie de especulação. Que cria estes sub-empregos. Por um outro lado, existe o mercado negro, da pirataria, que gera milhares de empregos indiretos. Se é que podemos dizer assim. Creio que tudo isto somado ao fato da pobreza que domina o país, o analfabetismo, a ignorancia, ainda existe o fenômeno do êxodo, das migrações do interior para as grandes cidades. E o aumento das favelas só pode ser por conta destas "falsas demandas", do crescimento exagerado das famílias, sem controles de natalidade, sem planejamentos. O que eu vi debaixo da ponte, por conta do transito congestionado, nada mais é do que o desmazelo das autoridades e desta sociedade de consumo, sociedade do espetáculo. O que o Paulistano viu hoje foi uma cidade caótica. Muito diferente daquela cidade do carnaval, cidade da São Silvestre, das festas na Avenida Paulista. O caos de hoje é um sinal de que a Cidade de São Paulo está muito longe de ser a cidade do espetáculo, da tão enorme busca pela qualidade de vida, aonde o tempo joga à favor das pessoas. A qualidade de vida, donde ver o pôr do sol, a brisa da manhã, aquelas primeiras horas do dia reservadas para pratica do esporte junto a natureza, correr na Praia, sentir o aroma das árvores, este tipo de vida consegue-se quem vive nas cidades litorâneas de São Paulo. Na Capital, o que vimos hoje também é fruto da incompetência, de um Estado onde poucos estão habilitados a administrá-lo com competência. Saí de casa porque a NET estava falhando em meu ponto e não conseguia conectar no escritório pela internet. Frustrado, caí na armadilha de um transito donde fiquei 6 horas parado. Tudo porque queria chegar no escritório para não perder o dia. Uma vez não tinha previsão para que a internet voltasse a funcionar em casa. Na cidade caótica, uma simples falha da NET ou de telefonia, pode ocasionar inúmeros prejuízos aos usuários. E quem é que vai pagar por isto ? Pensem e respondam depois. Ouçam a música do Ultraje que postei acima, porque eu também quando ficar rico só irei andar de Táxi. Ou melhor, Táxi aéreo. Porque tudo isto que vi hoje foi ultrajante. Um abraço.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Nike Lunarglide + Dynamic Support
Este Lunar pareceu-me a evolução do Lunar Trainner. Quero ver os lançamentos da Nike para este ano no mega evento Running Show. Adotei a família Lunar exatamente por ser a tecnologia que mais adaptei. Creio no experimentalismo e por isto encontrei estes modelos, são excelentes.
Assim eu quereria o meu último poema
Que fosse eterno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Estava eu a ler estas passagens da obra "Estrela da Manhã", de Manuel Bandeira. Livro composto de 28 poemas. Do qual, o que mais gosto é Estrela da Manhã. Sempre achei Manuel Bandeira triste, e esta melancolia em muito lembra alguns períodos que passei ao longo de minha vida. Todos nós temos momentos de melancolia, tristeza profunda, por vezes, uma alegria contagiante. Mas sempre voltamos para dentro de nós mesmos. Onde nos fazemos entender, onde buscamos um pouco mais de conhecimento destas reações. O que nos motiva a tal situação e o que nos tira disto. Enfim, a poesia é uma escola. Uma escola que nos ensina a observar coisas que só os poetas podem nos dizer. Exatamente, por eles serem esta lente de aumento que nos trás os sentimentos mais pulsantes, mais vicerais e que mais tocam a alma. Fico feliz porque uma situação me trouxe de volta Manuel Bandeira. Que estava meio empoeirado na estante.
Quanto a frase acima comentada, "além da paixão dos suicidas que não explicam seus motivos", que vem a justificar a maneira como Manuel Bandeira conclui o poema. Não explicar seus motivos é a ação sem dar razão. É o ato, do desespero, e que muitas vezes cometido por conta de uma enorme dor. Muitas vezes, podendo ser entendidas como dores do amor. Neste caso, o amor de Bandeira seria o livro, teus poemas, e o suicídio seria a conclusão da obra. O ato estanque de concluir algo que muito lhe custou : o livro acabado. A frase eu achei impactante e ao mesmo tempo muito nos remete ao estilo de vida conturbado e moderno de hoje. Cada vez mais as pessoas se tornam suicidas de suas próprias vontades, matando seus desejos e sem explicar seus motivos. Compram mais do que podem, suicidam seus salários nos balcões das lojas, e sem explicação entram num loop vicioso. Assim como, comem, bebem, dorme, acordam, trabalham ... são os suicidas a longo prazo e sem explicar seus motivos tomam seus remédios e cultivam seus problemas e cultivam problemas alheios e tomam remédios alheios ... É o mal da sociedade moderna e que um dia chegará algum fim. Vivemos uma eterna transição. Nunca acaba. Não me perguntem porque. Talvez, a resposta esteja neste processo natural de evolução. Talvez, esteja na forma competitiva que chegamos. No cume deste capitalismo selvagem. E não tem muita lógica. Alguns conseguem amadurecer e romper barreiras, criando novas formas de viver de uma forma menos compectitiva, mais conectados com a natureza. No entanto, a maioria dos indivíduos que vivem nas grandes cidades, vivem esta grande ordem/desordem, o caos e que virou um meio de sobrevivência. Então, voltemos à poesia. O lado lúdico que tanto precisamos nos momentos de sossego. A arte que veio do homem e lhe dá aos seus semelhantes o senso criativo de viver. Humberto.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Amargo Café.
Lançamento do curta AMARGO CAFÉ dia 09 de setembro de 2009 às 20h30 na CINEMATECA de São Paulo. www.cinemateca.com.br
endereço: Largo Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Clementino (metro VILA MARIANA) direção: RALPH FRIEDERICKS direção de fotografia: FERNANDA RISCALI montagem: SÍLVIA HAYASHI trilha sonora original: XAVIER BARTABURU produção: MARTA RUSSO designer: MARIANA BELÉM fotos still: JEAN-CHARLES MANDOU elenco: DOUGLAS SIMON, LIANA POIANI, MANUELA FREUA