sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Irmãos de sangue ? The Chemical Romance and others ...




Vejam as semelhanças e digam depois. Seriam irmãos ? Fui ver a peça "Hammlet" com Wagner Moura e constatei de imediato as semelhanças com Gerard Way (vocalista do The Chemical Romance). Artistas de distintas áreas, entretanto, de semelhanças físicas muito próximas.
A peça "Hammlet" é muito boa, os textos são falados tão rapidamente que, vez ou outra, perde-se a compreenção do que dizem. Talvez, por alguma opção do Diretor ou pelo fato da acústica ter sido prejudicada por terem deixado as cochias abertas. Um outro fator (que não é novidade no teatro) foram os desfiles de roupas Osklen ostentadas pelos personagens/atores. Os sobretudos eram magníficos. Mas ficou entedioso ver tanta roupa Osklen de figurino básico. A marca Osklen tem um apelo próprio, é sofisticada e cool. No entanto, na peça Hammlet ficou destoando, pois, parece que a marca falava mais que os personagens. O próprio Hammlet, um jovem inteligentíssimo e sempre em dúvida, angustiado, se tivesse nascido nos tempos de hoje será que usaria Osklen? E será que falaria daquela forma ? Se Hammlet fosse contemporâneo (Shakespeare tem mais de 400 anos), uma obra criada no século 21, tenho a impressão que usaria batas pretas de seda japonesa com calças retas e escuras justas e com a boca mais aberta e alguns coturnos ingleses. Teria cabelos longos, encoracolados e andaria com um iPod tocando Marilyn Manson nos períodos de euforia, música Clássica para angústia e Blues quando encontrasse com teus amigos. Pontos fortes do espetáculo : Figurino feminino, sobretudos masculinos, texto muito bem traduzido e adaptado, Wagner Moura que está estupendamente muito bem. Pontos fracos : excesso de roupas Osklen, péssima acústica do teatro, ingresso muito caro (80 reais é uma facada), tempo para o intervalo de 15 minutos que virou 30 minutos, atores globais na platéia falando demais durante a peça, aqueles pilares do teatro Faap que não tem como tirar do meio do palco e que atrapalha algumas visões, cochias abertas e aquela câmera de vídeo projetando num telão que ficou um excesso, desnecessária. Prefiro ir ao show do The Chemical Romance.



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