eu passei longos 21 anos morando no Sul de Minas. Esta é uma das vistas da janela do quarto que eu morava na casa de minha Mãe. Quando criança, eu olhava praquelas montanhas e imaginava que por detrás haviam mares, oceanos, e selvas de pedra. Que a cidade de 40 mil habitantes do sul de Minas, cercada de fazendas de cafés, era uma epifania, um sonho, uma fase de minha vida que um dia acabaria. Pois é, hoje, retorno a casa de minha Mãe somente para raras visitas. E a casa dela (que foi reformada recentemente), completou 100 anos. Foi a única casa que meu avô, Estulano Cruz, havia encontrado para comprar quando praquela cidade mudou-se. Ele era cafelista, e como comprador de cafés, fez um trabalho de importação e exportação das tais sementes valiosas. Que acabaram por fazê-lo morrer com pouco mais de 45 anos de idade. Isto foi durante a quebradeira que aconteceu na desvalorização do café na crise da década de 30. Sobraram minha avó e vários filhos pra contar história. A casa acabou ficando pra minha Mãe que foi comprando as partes até ficar com o todo. Não existem mais tantas coisas por lá que tem história, monumentos. O que ficou são lembranças. E a planta original. O resto o tempo cuidou de mudar, com reformas e mudanças. Eu tenho saudades poucas da cidade, do jeito de ser local. O mais incrível era estar cercado de natureza, em uma cidade moderna por ter inúmeras empresas de tecnologia e escolas. Porém, depois de tantos anos vivendo em São Paulo, agora eu quero ir para outro País. Sinto que meu dia chegou e quero firmar pé neste desejo. Pode ser amanhã, pode ser daqui uns tempos. A hora está chegando. Saudades terei destas vistas da casa de minha Mãe. Fiquem com as fotos, eu havia prometido postá-las. Mas precisei viajar até lá para importar tais fotos.
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