terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Da casa de minha Mãe - Vista 2a.

este edifício à frente, trata-se de uma Escola Estadual, onde cursei todo primeiro grau. Da janela do meu quarto eu avistava as salas de aula, ouvia a conversa dos alunos e professores. Numa ceta época, até minha Mãe conseguia monitorar-me dentro das salas de aula. Era divertidíssimo. Meu pai chegou a criar seriemas e o canto delas inundavam as salas de aula. Eu morria de vergonha claro, mas ninguém sabia donde vinham os gritos estridentes. Às vezes, para voltar pra casa eu dava voltas na praça da cidade. Era entediante ter na porta de casa a escola e vice-versa. Eu admirava meus coleguinhas que andavam léguas, isto é, centenas de metros para chegar à escola. Foi neste mesmo colégio que estudou o jogador de futebol Ro´que Júnior, alguns poetas e intelectuais da região, como Cyro d´Luna Dias, o ex-Presidente Delfim Moreira, etc. A montanha que se vê ao fundo é uma reserva florestal, mata fechada e monitorada pelo Ibama. É uma montanha que vem deste Belo Horizonte, sendo comum a visitação de turistas e a pratica de esportes aéreos como paraglider e asa delta. Eu já saltei de Paraglider para nunca mais. Não posso dar ao luxo de subir num troço destes e saber que minha vida corre perigo. É um risco e uma experiência quase inenarrável. Quanto ao grupo escolar, existiam histórias de espíritos, de mal assombrado. Várias vezes, no inverno, com toda neblina e cerração da madrugada, eu abria um pedaço da janela para avistar o grupo escolar e tentar ver algum espírito. Nunca vi nenhum deles. As noites de inverno, quando a cidade aquietava antes das 22 horas da noite, eu esperava dar meia-noite e abria a janela para contemplar a rua e o céu. No verão, era o pôr do Sol que admirava. Não precisava muito, bastava abrir a janela.

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