domingo, 5 de abril de 2009

Demissão de professor da Escola Parque que escreveu poemas eróticos


Está bombando um fórum no portal literal sobre uma tal escola PARQUE, do Rio de Janeiro, que demitiu um professor e poeta porque os Pais dos alunos descobriram suas poesias eróticas e, parece, fizeram denúncias. Deduzimos que todo imbróglio talvez gere algum pensamento inteligível diante de toda questão polêmica. Se é que existe alguma polêmica em um professor ser poeta e escrever (a gosto pessoal) poemas eróticos. Existe um certo ranço de educação erudita nas classes ditas médias altas. Talvez, o sonho de ter filhos que recebam a mesma educação de uma classe nobre (dos ricos e milionários que mandam os filhos educarem na Europa). Nada contra. Porém, vamos ver um modelo : a França. Será que a França demitiria um professor em mesma situação deste outro da escola Parque? Apenas pelo seu gosto artístico? À que se fazer justiça e não tapar o sol com a peneira. Provavelmente, a escola (diante desta crise mundial) preferiu demitir um professor a arcar com as desistências de alunos por ameaças (supondo) de sairem da escola e matricular em outra. De novo, vamos ver como a França dialoga estas questões, como as Universidades sérias deste país dialogam com esta questão. Demitir é muito simples. Agora, justificativas tem várias, porem, qual é a mais sensata de todas ? Gostei do comentário do Spirito Santo, que copio abaixo. Na posição de direção da escola, procuraria entender cada caso e tentaria, ainda assim, alocar o professor para outro projeto. Toda esta ação só serviu para prejudicar o professor, que de nobre educador agora virou escritor e poeta pornográfico. Como se a poesia fosse algo menor e a literatura de gênero idem. E são estas mesmas classes médias altas que enriquecem certos conglomerados empresarias e editoriais repletos de obras do gênero Harrie Potter, e outras coleções que daqui 10 anos ninguém mais lembrará. Foram apenas passa-tempos. Sem comentar os temas de alto-ajuda, que não passam de descarregos pseudo-mentais-sentimentais. É a crise de identidade, quem somos nós e para onde vamos com tudo isto? Vamos citar Platão e Aristóteles e seus métodos de ensino para, apenas dizer que, eram cercados de jovens iniciantes na poesia e filosofia. E nem por isto transformaram os jovens em seres anti-sociais. Muito triste e polêmica a decisão da escola.

Copio um pedaço do ótimo post de Spírito Santo, em suma, resume tudo :
"Primeiro é o foribundo clima século 19, bem inusitado para os 'pais' genéricos', pertencentes a um meio social tão carregado de permissividades e hedonismos de toda ordem (o Orkut é só a ponta do iceberg, certo).Segundo é esta tentativa 'caida' de justificar a discutível demissão do professor-poeta, desqualificando a sua obra ou o conteúdo ocasionalmente 'sexual' de sua temática.Num meio juvenil de classe média onde sexo torto, drogas, pedofilia, corrupções de todos os tipos (país de ética zero) enrustidamente e à vista grossa campeiam, emoldurado pelo meio juvenil das 'baixas classes' miseráveis onde, do mesmo modo, a prostituição infantil ou pedofilia 'consentida' (meninos e meninas, as vezes de 8, 10 anos) as drogas e a fome de tudo, também campeiam, ficar urdindo intrigas para demitir um simples professor poeta que fez alguns poemas eróticos juvenis, é um pouco demais."

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