Está bombando um fórum no portal literal sobre uma tal escola PARQUE, do Rio de Janeiro, que demitiu um professor e poeta porque os Pais dos alunos descobriram suas poesias eróticas e, parece, fizeram denúncias. Deduzimos que todo imbróglio talvez gere algum pensamento inteligível diante de toda questão polêmica. Se é que existe alguma polêmica em um professor ser poeta e escrever (a gosto pessoal) poemas eróticos. Existe um certo ranço de educação erudita nas classes ditas médias altas. Talvez, o sonho de ter filhos que recebam a mesma educação de uma classe nobre (dos ricos e milionários que mandam os filhos educarem na Europa). Nada contra. Porém, vamos ver um modelo : a França. Será que a França demitiria um professor em mesma situação deste outro da escola Parque? Apenas pelo seu gosto artístico? À que se fazer justiça e não tapar o sol com a peneira. Provavelmente, a escola (diante desta crise mundial) preferiu demitir um professor a arcar com as desistências de alunos por ameaças (supondo) de sairem da escola e matricular em outra. De novo, vamos ver como a França dialoga estas questões, como as Universidades sérias deste país dialogam com esta questão. Demitir é muito simples. Agora, justificativas tem várias, porem, qual é a mais sensata de todas ? Gostei do comentário do Spirito Santo, que copio abaixo. Na posição de direção da escola, procuraria entender cada caso e tentaria, ainda assim, alocar o professor para outro projeto. Toda esta ação só serviu para prejudicar o professor, que de nobre educador agora virou escritor e poeta pornográfico. Como se a poesia fosse algo menor e a literatura de gênero idem. E são estas mesmas classes médias altas que enriquecem certos conglomerados empresarias e editoriais repletos de obras do gênero Harrie Potter, e outras coleções que daqui 10 anos ninguém mais lembrará. Foram apenas passa-tempos. Sem comentar os temas de alto-ajuda, que não passam de descarregos pseudo-mentais-sentimentais. É a crise de identidade, quem somos nós e para onde vamos com tudo isto? Vamos citar Platão e Aristóteles e seus métodos de ensino para, apenas dizer que, eram cercados de jovens iniciantes na poesia e filosofia. E nem por isto transformaram os jovens em seres anti-sociais. Muito triste e polêmica a decisão da escola.
Copio um pedaço do ótimo post de Spírito Santo, em suma, resume tudo :
"Primeiro é o foribundo clima século 19, bem inusitado para os 'pais' genéricos', pertencentes a um meio social tão carregado de permissividades e hedonismos de toda ordem (o Orkut é só a ponta do iceberg, certo).Segundo é esta tentativa 'caida' de justificar a discutível demissão do professor-poeta, desqualificando a sua obra ou o conteúdo ocasionalmente 'sexual' de sua temática.Num meio juvenil de classe média onde sexo torto, drogas, pedofilia, corrupções de todos os tipos (país de ética zero) enrustidamente e à vista grossa campeiam, emoldurado pelo meio juvenil das 'baixas classes' miseráveis onde, do mesmo modo, a prostituição infantil ou pedofilia 'consentida' (meninos e meninas, as vezes de 8, 10 anos) as drogas e a fome de tudo, também campeiam, ficar urdindo intrigas para demitir um simples professor poeta que fez alguns poemas eróticos juvenis, é um pouco demais."
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