Tomei por estes dias com uma infecção horrível do lado direito do maxilar. Imaginava no início que poderia ser um grave problema de dentição. O que prontamente meu dentista isolou a dúvida. Acontece que fiquei 4 dias sendo medicado com Scaflam (100mg) e Dipirona Sódica. Cheguei a ter febre e delírios. De 6a. para Sábado dormi cerca de 25 horas. Com um intervalo pro almoço quando acordei com dores no estômago. Eu quase fui prum pronto-socorro. Mas só de imaginar a labuta toda, a demora ... O máximo que fariam era dar uma injeção para amenizar a dor. Eu tenho um problema com meu maxilar. Sofro de uma tensão que assombra esta região quando estou dormindo. Não sou do tipo rangedor, mas tenho o hábito de prescionar o maxilar quando durmo. E isto é um prato cheio para trincar os dentes, quebrar restaurações e dar dores na região. Cheguei a ter a musculatura hiper-atrofiada. Amanhã, tenho consulta com um otorrinolaringologista. Não tenho mais escapatória. A última coisa que penso é usar aparelho dentário fixo que acho horrível. Sempre fugi disto. Porém, agora parece que tudo complicou. Estamos entrando no inverno, quando geralmente fico gripado. E é ambiente propício para instalar estas infecções. Eu nunca havia sentido tamanha dor como desta vez. Acho que as coisas vão complicando e chega uma hora que temos de buscar um tratamento a longo prazo. Sou a favor do longo prazo. Detesto tratamentos radicais. Por estes dias, tive de recorrer a estes medicamentos fortes e que muito irão me custar. Pois, tão logo quero desintoxicar disto. O foda foi meu dentista me proibir de correr. Estou a uma semana e 2 dias sem correr. E isto me acabou deixando também deprimido. Neste domingo fiquei mais alegre. Pude comprar o livro "Ateliês do Rio de Janeiro". No livro, consta de uma entrevista feita pelo Charles Cosac ao artista Artur Omar e seu apê-ateliê. Tem a Lygia Pape, elegantíssima. A Rosangela Rennó que adoro. Waltércio caldas e seu universo magnífico. O Luis Zerbini, que tem um ateliê imagético, ao lado do Jardim Botânico. O ateliê do José Bechara, antes fora um convento e virou uma casa-prédio. O Carlos Zilio que já havia estudado com Iberê Camargo (meu ídolo como artista) e acabou fixando no ateliê do artista. Tunga, sempre inenarrável e com sua arte barroca estupenda. O que mais deu-me vontade de visitar foi o ateliê de Carlos Vergara. Aquelas telas imensas esparramadas pelo chão, os quadros gigantes pendurados pelas paredes. Toda aquela luz branca iluminando aquelas telas, tudo quase num ambiente tipo galeria. Aquelas telas e suas imagens cores me tocaram de uma maneira magnífica. As fotografias do livro são belíssimas e nos dá uma real impressão daquela ambiência toda. Melhor, só mesmo visitando os ateliês. Digo que depois de ler todo o livro (passei o resto do dia dedicado a isto) eu me senti mais aliviado com meu tratamento. Agora, posso dizer que já posso dormir em paz comigo mesmo. Depois, conto que fim terá estas minhas dores que não são de dente. Como nosso organismo é complexo.
Obs.: eu tenho uma leitora de Portugal. Ainda não pude responder à mensagem que me enviastes com muito carinho. No entanto, quero responder em breve e fico feliz pela visita. Sinto-me honrado.
Livro: Ateliês do Rio de Janeiro
Organizador : Carlos Leal
Editora: Francisco Alves
Fotografias: Reto Guntli e Agi Simões
Design Gráfico : http://www.passaredo-design.com.br/
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